Nesta quarta-feira (7), o conflito pela posse de terras na região Sul do Piauí teve mais um episódio que ilustra o desmando e a anarquia que se presencia nos últimos meses nas cidades de Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Bom Jesus. Um oficial de Justiça foi espancado por segurançass particulares ao tentar cumprir uma ordem judicial de reintegração de posse em uma fazenda de Baixa Grande do Ribeiro, cidade localizada a 583 km de Teresina. Conforme informou ao Portal AZ, o Comandante de Policiamento do Interior, Coronel Jaime Oliveira, três funcionários da empresa de Seguranças NSSP foram presos portando uma escopeta e duas pistolas calibre 380. Após a prisão eles foram conduzidos í Polícia Federal, já que a PFéresponsável pela autorização de uso de armas por estas empresas. O Cel. Jaime explicou ainda que antes de cumprir a decisão judicial, o oficial procurou a Policia Militar de Uruçuí para pedir ajuda, mas o comando da PM em Teresina definiu que somente a Cel. Julia Beatriz, coordenadora de Crise está autorizada a acompanhar tais questões. A região está toda em conflito, estas três cidades, são 200 quilí´metros de problema”, definiu Cel. Jaime. Ele argumentou ainda que o problema na regiãoéuma questão da Justiça, só será resolvido com definição de posse de terras pelo judiciário. Em meio aos conflitos, equipes do Gate e do Rone estão na região há mais de dois meses. “Nossa missãoéconter os conflitos, manter a ordem, mas só se resolve o problema judicialmente”, explicou.
Os conflitos
São muitos os conflitos de terra na região. Empresários de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná montam verdadeiros exércitos particulares para protegerem as terras que dizem ser de suas propriedades. Neste caso específico em que o oficial de Justiça foi espancado, dois empresários do ramo agroindustrial brigam pela posse de alguns milhares de hectares de terras. As empresas são a Ipê Agroindustrial, do Rio Grande do Sul e a Incol, do Paraná. Estes empresários contrataram, cada um, as empresas SetSeg Seguranças, de Teresina e a NSSP, do Maranhão, para que homens pagos façasm a seguranças das terras. De porte de armas e impondo os seus interesses particulares, monta-se no Sul do Piauí um esquema de violência agrária que ignora í s leis estaduais e nacionais.
Fonte: fojebra